segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Em Tomar, nas igrejas da cidade

Se o post anterior foi bem curtinho e sem grandes supresas, neste irão ser desvendadas algumas curiosidades sobre algumas das igrejas de Tomar. Fique, aqui, para ver e venha visita-las!

Para começar a invulgar: Igreja de Santa Maria do Olival (ou "Olivais") e único monumento Templário na margem esquerda do rio Nabão é um dos exemplares mais emblemáticos da arte gótica em Portugal.






Trata-se de um templo do século XIII, construído originalmente no local de uma antiga igreja erguida por D. Gualdim (grão mestre da Ordem e já falado anteriormente) e serviu como local de reunião dos elementos da Ordem de Cristo e centro de poder da decisão das igrejas em África e nas Américas, resultante dos Descobrimentos.


Pormenores da
fachada principal


Bastante invulgar para uma igreja devido à presença de elementos pagãos. Para começar, a existência de uma estrela de cinco pontas (existem duas mas a do interior está bem visível na foto abaixo), também designada como pentagrama, um dos símbolos mais poderosos e populares que representam os quatro místicos e antigos elementos da natureza: fogo, ar, água e terra, sendo todos coordenados pelo espírito, o cinco elemento.





Admiramos algumas das obras de pintura expostas no seu interior, algumas bem interessantes, apesar de num dos quadros (infelizmente sem foto) ter sido vandalizado ao lhe ter sido retirada a cruz original.


Um dos quadros do interior


No chão, está também representado um elemento que é uma parte das quatro que constituem a cruz da Ordem de Cristo (há quem considere que representa o Santo Graal), uma escultura de uma santa que transporta um bébé ao colo que se "pensa" ser Maria Madalena com o filho de Jesus (designada por "Nossa Senhora do Leite", contrariamente às outras santas está de cabelo solto sem estar coberto por um véu e com o bébé ao colo no lado direito),  oito oratórios e oito degraus de acesso ao interior da igreja, uma vez que esta foi construída dois metros abaixo do nível do solo.

Para quem visita Tomar é obrigatória a visita a esta igreja, pois para além da sua beleza nas obras expostas e na sua invulgaridade, estão também aqui as lápides dos mestres dos Templários, dos séculos XII-XIII.





A Igreja Matriz, também designada como Igreja de S. João Baptista, situada na Praça da República, em frente à estátua de Gualdim Pais era um primitivo templo românico que depois foi reconstruído no século XVI e elevado a Capela Real.








No seu interior, existem várias pinturas religiosas do ilustre pintor Gregório Lopes (residente em Tomar, do século XV). A torre sineira ostenta um relógio originário do castelo, tendo aí sido colocado em 1523 por ordem do Rei D. João III.





Esta área é também o local do início da Festa dos Tabuleiros, uma festa de origem pagã, realizada geralmente em inícios de Julho de quatro em quatro anos, em que as raparigas da cidade, vestidas da cor da sua freguesia transportam tabuleiros com pães e flores na cabeça, numa festa (que dizem ser) de rara beleza.


A Igreja Santa Iria, a padroeira da cidade, tem uma decoração alusiva aos símbolos do Espírito Santo e é bastante rica em azulejos do século XVII.


Entrada da Igreja de Santa Iria


Junto ao Convento de S. Francisco está a igreja do mesmo nome, do século XVII, está localizada em torno de dois claustros.


Igreja S. Francisco


Sendo que neste Convento está uma das melhores e mais completas colecções de sempre. De quê? Fique para ver no próximo e último post sobre Tomar.


Convento S. Francisco


Para encerrar o capítulo eclesiástico, vimos ainda o belissimo interior da Igreja da Misericórdia. Mesmo sem autorização, não consegui resistir a tirar esta foto mas acho que valeu bem a pena!






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