quinta-feira, 16 de junho de 2011

Escócia (Stirling, Glasgow, Fort William)

Enquanto que a Inglaterra é bastante plana (mais do que estava à espera), a Escócia apresenta paisagens supreendentes devido à sua multi-diversidade. Existem as Highlands (altas montanhas no Norte) e as Lowlands (baixas montanhas no sul) divididas pelas cadeias montanhosas designadas por Trossachs.

Além das montanhas, das ruínas, dos castelos, da luxuriante vegetação, da natureza mágica (devido à névoa frequente), dos lagos brilhantes, do clima bem rigoroso, do traje nacional (o kilt), da música peculiar (devido à gaita de foles), da bebida mundialmente famosa (o whiskey), a Escócia orgulha-se da sua independência e identidade própria em relação à restante Grã-Bretanha e só aceitou a sua aliança com a Inglaterra, em 1707, por ter sido feita por um rei Escocês.

Apesar de ter tido sempre muito menos população que a Inglaterra, este país nunca foi ocupado pelos Romanos e ao longo dos séculos foi o cenário de muitas invenções (Watt criou o 1º motor a vapor da Revolução Industrial, Bell  inventou o telefone, Fleming descobriu a penicilina...até o primeiro clone de ovelha (Dolly) foi feito na capital).

No dia seguinte, viajamos até à cidade de Stirling que cresceu em redor do castelo. Situado sobre um rochedo de origem vulcânica, este castelo foi um dos mais importantes na defesa da Escócia (pelo que se sabe, deverá ter sido atacado pelo menos umas 16 vezes). Aqui ocorreram importantes batalhas, por exemplo: em 1297, William Wallace  (quem não viu o filme Braveheart, com o Mel Gibson?) venceu as tropas Inglesas, conquistando o castelo.


Na entrada do castelo


Junto ao Palácio

Casa dos duques de Argylll (do século XVII)

A cidade antiga está dentro das muralhas originais, construídas no século XVI, para defender a Rainha Mary  (rainha dos Escoceses) do rei Henry VIII.



Paliçada inferior


E depois de termos admirado uma bela vista sobre a cidade nova, fomos ver o interior onde estivemos a ver os belissimos frescos de Valentine Jenkins, na capela real (esta  foi reconstruída no séc. XVI).



Frescos do séc. XVII

Vimos o Great Hall que tem um tecto muito peculiar (feito de carvalho, mais parecem os alicerces de um barco colados no tecto), as cozinhas Reais (existem manequins a preparem refeições e pão), a Igreja de Holy Rude (onde o rei James VI e I de Inglaterra foi coroado), o Museu do Regimento e uma antiga prisão.


Tecto do Great Hall (em baixo o pormenor do brasão numa tapeçaria)



O plano original não era ir a Glasgow, mas como não tinhamos GPS a não ser no telemóvel e este estava sem bateria, fomos comprar um carregador de isqueiro para o telemóvel, nesta cidade. Glasgow  foi o  berço da Revolução Industrial, uma cidade essencialmente comercial com a indústria do algodão e dos maiores navios do mundo. Apesar da capital da Escócia ser Edinburgh, a cidade com maior número de habitantes é Glasgow. Achei-a um bocado cinzenta (ainda por cima começou a chover...mas aproveitamos para lá almoçar...) e desprovida de grandes atracções (a comparar com a capital). Estivemos a ver o enorme Campus Universitário, uma misturada de edificios bem antigos e outros modernos, as esculturas de James Watt e de Thomas Graham (quem não se lembra da coloração de Graham nas aulas de Biologia...não é meninos, da área de saúde?).



Em cima: estátua de Thomas Graham
Em baixo: vários edifícios






Depois do almoço rumamos em direcção ao norte! As estradas íngremes, as bonitas paisagens naturais (bonitos e cintilantes lagos, cascatas e neve no pico das montanhas, vegetação luxuriante, grande quantidade de animais), os chuviscos ocasionais  e a neblina constante fizeram parte deste passeio!





Fomos até Glencoe que possui uma paisagem magnifica mas que tem uma história cheia de de violência (houve aqui um grande massacre de Escoceses no século XVII). Está situada na margem sul do Rio Coe com um lago de água salgada, o Loch Leven. Este local é ideal para caminhadas e escaladas no Verão. E após o chá das cinco num hotel de zona (e de conversa com o dono do hotel) fomos até Fort William, uma das maiores cidades da costa ocidental (quem diria?).

Estas zonas tem vindo a atrair muitos turistas, especialmente depois da exibição dos filmes do Harry Potter, Rob Roy e Braveheart, uma vez que foram aqui filmados.





E de Fort William fomos para o Memmorial Comand (monumento dedicado aos homens da Segunda Guerra Mundial, o ponto mais alto onde estivemos e onde sentimos mais frio,) mas a chuva e o tempo dissuadiram-nos de continuar e regressamos a Edinburgh (como foi bom ver o por do sol às 21H30!).


Fort William


Memmorial Comand



Ampliação do cume das montanhas (32X)


4 comentários:

  1. Longe das multidões das cidades e do carreiro de formigas das excursões, deve ser uma viagem muito interessante por esta zona.Aliás, mesmo em excursão é bem diferente que passear apenas por grandes capitais. Mas com tempo e um carro por nossa conta deve ser uma viagem relaxante e "muito FResquinha". Gosto de admirar a natureza na sua plenitude e essência . Não conheço nada do aqui me mostrou.

    ResponderEliminar
  2. Gostei muito da sua mensagem, pois dá-me muito alento para continuar a "blogar"...e apesar de terem sido só dois dias na Escócia valeu bem a pena, uma vez que as paisagens de carro que vimos são, de facto, únicas e magnificas(devido ao mau tempo nem conseguimos obter fotos de "jeito")!

    ResponderEliminar
  3. pena nao ter ido a casa de Mackintosh em Glasgow no campus Universitario eu adorei e a visita é gratis

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Silvia,

      De qualquer forma é uma ótima dica para quem lá for. Obrigada. Beijinho.

      Eliminar